segunda-feira, 26 de julho de 2010

Estranho

As inquietações começaram cedo. Cedo demais. Poema escrito em 2002, quando eu tinha entre 12 e 13 anos.

Escrito em 2002

Estamos aqui hoje para debater
as coisas desse mundo e do seu poder.
A estranheza da vida está no seu viver
e você pode nem perceber.

É tudo tão esquisito,
o ser humano, o seu querer
que ainda hoje existe
fome, guerra, o sofrer
e ele aí preocupado
com bobagem e TV.

É tão estranho!

É tão estranho esse mundo de guerra.
É tão estranho o meu ser, a atmosfera.
É tão estranho a criação.
É tão estranho o sentimento do coração.

É tão estranho querer e não poder
que ainda hoje se pensa em roubar pra ter.
Não se ter a total felicidade
e a paz tão longe da sociedade.

É tão estranho...
É tão estranho que a gente até estranha.
É tão estranho...
Estranho é o verdadeiro.
É tão estranho...
Estranho é o mundo inteiro!

Eu te juro, meu amor

Escrito em março de 2008

Eu quero amar.
Não quero mais sofrer.
Eu te juro, meu amor.
Mas essa dor que me consome,
esse vazio no meu peito,
essa inquietude que me abala...
Eu não sei mais.
Eu só queria que esses versos se apagassem,
que eu nunca tivera existido para escrevê-los,
que minhas lágrimas me afogassem no infinito,
me levassem pra bem longe,
onde eu não tivera consciência da minha existência,
onde eu não existisse.
Não tenho forças pra lutar.
Não tenho forças pra continuar.
Não existe saída,
não existe solução,
nem a morte.

sábado, 17 de julho de 2010

Tanto por tão pouco

Escrito em agosto de 2008

Meu coração me pertence.
Não posso me entregar tanto assim.
São beijos e nada mais.
São cortejos e nada mais.
São ilusões e nada mais.
Não sei o que quero.
Que dificuldade!
Que complicação!
Tanto por tão pouco...
Tudo parece uma imensidão.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Quando as cartas mentem

Escrito em 2009

Você que morava dentro de mim, será que ainda mora aí? Seu coração você tem de volta agora. O meu eu peguei secretamente, sem que você visse. E aquele pacto de amor eterno se cumpriu. Afinal, foi eterno até o último minuto antes do fatídico dia, que eu não sei bem qual foi. Mas em algum momento aquele sentimento morreu. Ou talvez tenha morrido aos poucos. Algo aconteceu fora dos nossos planos. Talvez a certeza do amanhã tenha nos atraiçoado. Até as cartas mentiram.

domingo, 11 de julho de 2010

Devaneios de segunda-feira à noite

Escrito em 13/04/2009

Às vezes eu penso, penso, penso e não alcanço uma conclusão. Então eu choro, choro, choro e não consigo afogar minhas angústias. Eu só queria um remédio que curasse meu coração, um doce que adoçasse minh'alma. Eu não aceito a condição de ser sozinha nesse mundo. Não quero crer em certas verdades, nem ser enganada por suas mentiras. Quero me esvaziar de mim e me preencher de você. Mentira. Eu não sei o que quero, nem o que sou, nem a razão do que sinto. Acho que me intoxiquei demais com essa tal de pós-modernidade. Perdi o senso da realidade. As coisas começam a se complicar quando você começa a abstrair. E começa a entender, mas entende muito pouco. E começa a saber, mas sabe quase nada. Só sabe que sabe muito pouco perto do que há por saber. E sabe que mesmo se soubesse tudo, isso não seria nada.

"Onde a ignorância é uma benção, é tolice ser sábio." (Thomas Gray)