sábado, 26 de junho de 2010

2 a.m.

Escrito em 01/11/2009

São duas horas da madrugada errada.
Meus soníferos não fazem mais efeito,
Me confundem ainda mais,
Me alienam de mim mesma,
Aprofundam esse meu vazio,
Me esvaziam de minhas contradições,
Me anestesiam pela metade
E só me resta essa vontade
De me perder só mais um pouco.

Minha carência não sei de onde vem.
Não quero perder o que já não me satisfaz.
Não sei em que parte da minha estrada
As coisas foram se complicar tanto assim.
Não era atalho, nem desvio, nem prato fundo, nem rio raso.
É sal que hoje constitui as minhas lágrimas,
É marca que ficou e me acompanha
Como tudo aquilo que me toca a alma.

Eu só quero fechar os olhos e não me enxergar assim:
Tão ciumenta e infantil.
Quero apagar essas palavras que me traem
E mostram o tamanho do meu egoísmo
E vaidade por aquilo que não me cabe mais.
Eu só espero fechar esse caderno e que amanhã
O sol possa voltar a brilhar pra mim mais um pouco.
Que meu problema seja o sono ou apenas mais uma tpm
Pra que eu possa me enganar só um pouco mais.

Um comentário:

  1. Jonatas Vallle Langoo bla!22 de julho de 2010 às 23:53

    "Não quero perder o que já não me satisfaz."

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